sábado, 3 de outubro de 2015

Angelo Agostini e As Aventuras de Nhô-Quim

Angelo Agostini


       Primeiro artista de quadrinhos do Brasil,  um dos primeiros do mundo. Caricaturista, ilustrador, e crítico, Ângelo Agostini nasceu na cidade italiana de Vercelli, Piemonte em 1843. Passou a infância e a adolescência em Paris, e chegou à São Paulo em 1859, com dezesseis anos, acompanhando sua mãe, que estava em turnê lírica pelo país.
       Tem sua estreia como desenhista no ano de 1864, na revista “Diabo Coxo”, o primeiro periódico ilustrado paulistano  e começa a fazer ilustrações satíricas, usando o imperador Dom Pedro II como tema constante. As Charges que faz contribuem para aumentar a agitação poli em torno da abolição da escravatura.
       Em 1867, muda-se para o Rio de Janeiro, capital do Império, onde trabalhava nas revistas “O Mosquito” e “Vida Fluminense”. Continua com seu estilo satírico e traço único, que se descolavam das caricaturas francesas. Nesta revista “Vida Fluminense”, Agostini publica, em 30 de outubro de 1869, “ Nhô-Quim”, ou “Impressões de uma Viagem à Corte”.
       Em 1º de janeiro de 1876 funda a “Revista Ilustrada”, onde cria em 1883 seu personagem mais célebre, Zé Caipora, em “As aventuras de Zé Caipora”. O artista dirige a revista até 1888, quando parte para a Europa. Quando retorna ao nosso país, ele republica Zé Caipora, na revista Dom Quixote e também pela editora “O Malho”, onde trabalhou até 1910. Nesta última, ele foi o responsável pela criação da “Revista Tico-Tico”, considerada a primeira revista de quadrinhos no Brasil.

       Agostini falece em 1910, e é o maior e mais influente cartunista do Segundo Império com grande ascendência sobre outros desenhistas.


As Aventuras de Nhô-Quim 
 As Impressões de uma viagem à corte.



      Um caipira rico, ingênuo e apaixonado por uma moça pobre. Essa paixão fez com que ele fosse mandado para a corte.
      A intenção era criticar, de forma irreverente, os problemas urbanos, modismos, costumes sociais e políticos da época. Os alvos iam do trânsito e da higiene à ganância dos comerciantes, que desde aquela época já queriam impor moda aos fregueses. Da insistência dos vendedores  de ações e bilhetes de loteria aos imigrantes que trabalhavam como engraxates e músicos.

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